angélica banharaSem categoria – angélica banhara http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br Fitness, alimentação saudável e bem-estar Fri, 07 Apr 2017 17:44:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Cruzeiros Bem-Estar e Fitness montam a maior academia em alto-mar do planeta, com 30 atividades diárias http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2017/02/23/cruzeiros-bem-estar-e-fitness-montam-a-maior-academia-em-alto-mar-do-planeta-com-30-atividades-diarias/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2017/02/23/cruzeiros-bem-estar-e-fitness-montam-a-maior-academia-em-alto-mar-do-planeta-com-30-atividades-diarias/#respond Thu, 23 Feb 2017 13:22:14 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=345
O professor Leo Pinheiro dá aula de bike na proa do navio durante o Cruzeiro Bem-Estar (Foto Cleber Miranda)

Pedalar no ponto mais alto do navio sentindo a brisa do mar no rosto, fazer um circuito funcional na quadra a céu aberto, pular feito canguru com botas especiais no deck olhando o por do sol, experimentar uma aula de dança na boate ou de Ballet Fitness e de circo no palco do teatro. Isso é só uma parte do que aconteceu no 15º Cruzeiro Bem-Estar, realizado pela Costa Cruzeiros entre 10 a 18 de fevereiro, com paradas em Buenos Aires e Montevidéu. E é só uma prévia do que vai rolar no 23º Cruzeiro Fitness, de 4 a 10 de março, com paradas em Salvador, Búzios e Ilhabela.
Os números são grandiosos: o navio Costa Fascinosa, com capacidade para 3800 hóspedes, é o 2º mais luxuoso da empresa, que é pioneira nos cruzeiros temáticos e tem direito exclusivo sobre os cruzeiros Fitness e Bem-Estar. Nesse período, cerca de 40 professores e especialistas renomados do segmento se revezam entre aulas e palestras. São cerca de 180 aulas em seis dias, com 30 modalidades diferentes.
Feito sob medida para malhadores de carteirinha? Pelo contrário: cada atividade é planejada pensando em marinheiros de primeira viagem. “A maioria dos hóspedes não fecha o cruzeiro só pelo tema. Vários nem sabem que vai ter essa programação especial”, diz Francisco Ancona, consultor de marketing da Costa e idealizador e curador dos cruzeiros temáticos. “Nosso objetivo é oferecer um cardápio especial de atividades variadas e inspirar essas pessoas a experimentar aulas diferentes” completa Ancona.
“Muitos dos hóspedes estão parados, sedentários”, conta Joelma Guimarães, coordenadora dos cruzeiros Fitness e Bem-Estar e professora de educação física com especialização em gestão de pessoas e liderança. “Tem gente que tem um primeiro contato com a atividade física no navio e, a partir dessa experiência, decide aderir aos exercícios e aos hábitos mais saudáveis”, explica.
Para quem gosta de atividade física também é um prato cheio, já que os cruzeiros oferecem oportunidade de fazer as aulas mais disputadas do país. As grandes novidades da programação deste ano são a Superioga, com a participação do criador do método, Paulo Junqueira, as aulas da personal trainer Cau Saad (Circuito Cau Saad, Baile da Cau e Worcaut), com Cau Saad e equipe, o Ballet Fitness, com a criadora Betina Dantas, e as palestras da influenciadora Cacá Filippini (Estilo Descomplicado) e a minha palestra, como jornalista especializada em fitness, alimentação saudável e bem-estar (Ser Saudável é Mais Simples do que Parece).

Derrubando mitos
Aproveitei a viagem para participar de toda a programação e adorei! Confesso que tinha um certo preconceito com viagens de navio: achava que ficaria “presa” em um mesmo lugar por vários dias, parada e comendo sem parar. Bobagem: nada como experimentar antes de tirar conclusões.

Primeiro ponto: para circular pelos 12 andares do transatlântico, andamos para caramba. Registrei tudo no aplicativo contador de passos do meu celular: do momento que entrei a bordo até quando desembarquei foram 64.428 passos. Média de 8 mil passos por dia, quase 5 quilômetros. Fora as aulas (pois o celular ficava na bolsa).

Sem perceber, a gente anda muito em um cruzeiro. Veja a distância e o número de passos dia a dia, sem contar as aulas

Segundo: além de ser uma delícia caminhar no deck ou esquecer do relógio numa espreguiçadeira vendo o mar, a gente desfruta desse cenário praticamente o tempo todo, mesmo quando estamos nos restaurantes e outras áreas internas, já que há janelas enormes por todo canto.

Quer agito? Tem. Prefere sossego? Também tem. E o bacana é ver esse mar infinito de quase todos os pontos do navio

Terceiro: exagerar na comida é uma opção de cada um. O restaurante principal, no estilo self service, oferece, sim, horários estendidos para todas as refeições, inclusive lanche da tarde e ceia. Isso significa que você tem liberdade para criar sua própria rotina (tomar café da manhã às 11 horas ou almoçar às 15h30, por exemplo), mas não precisa almoçar duas vezes só porque há comida à disposição. E não existem apenas pratos engordativos: há um balcão de saladas que é reposto durante o dia todo e espaço de grelhados, com peixe, frango e carnes em todas as refeições. Várias opções de frutas estão disponíveis praticamente 24 horas. Você escolhe o que e quanto vai comer.

No buffet aberto quase 24 horas há muitas opções de alimentos saudáveis (Foto Cleber Miranda)

Malhação & diversão
Nesse caso, as imagens falam mais que as palavras. Dá uma olhada em algumas das atividades que rolaram no 15º Cruzeiro Bem-Estar.

Aula de Superioga com o criador do método, Paulo Junqueira, no Grand Bar. A ioga dinâmica e intensa ganhou destaque nas academias e estúdios do país por trabalhar corpo e mente (Foto Paulo Andrade)

 

Circuito Cau Saad de exercícios funcionais com Cau, a criadora do método, e equipe. Suar e sentir os músculos queimarem com esse cenário faz toda diferença: teve até fila! (foto Rafa Souza)

 

Mario Yamazaki, árbitro oficial do UFC e do MMA, dá instruções na aula de defesa pessoal. Ele e o pai, Mario Shigueru Yamazaki (árbitro internacional de judô) também deram aulas de artes marciais e de técnicas de queda  (Foto Cleber Miranda)

 

Todo mundo se diverte nas aulas de  Kangoo Jumps, com turmas para adultos e crianças (Foto Cleber Miranda)

 

Ballet Fitness no teatro: oportunidade de fazer aulas que bombam nas redes sociais (Foto Cleber Miranda)

 

O fisioterapeuta Ricardo Regi, que participou de três Olimpíadas com a seleção brasileira de vôlei, dá aula de Streching Global Ativo, reeducação postural voltada ao esporte e bem-estar (Foto Cleber Miranda)

 

A discoteca do navio foi o cenário perfeito para o Baile da Cau, com os professores Lara Paciullo e Danilo Figueiredo. No cardápio, músicas que vão de Elvis Presley a Menudo (Foto Cleber Miranda)

 

O preparador físico da Seleção Brasileira de Voleibol Feminino, José Elias Proença, lidera uma equipe de professores nas aulas de alongamento, bola suíça e mat pilates (Foto Cleber Miranda)

 

As aulas de circo com Gianfranco di Sanzo e a equipe da Casa do Circo estão entre as mais disputadas do cruzeiro: além do tecido, tem cama elástica, salto acrobático, equilíbrio no arame em cima da bola (Foto Cleber Miranda)

 

A Equipe Kirmayr de tênis inovou com a aula de Cardio Tênis na boate. Também há aulas de tênis para iniciantes e crianças (Foto Cleber Miranda)

 

Na área da piscina, a coordenadora Joelma Guimarães e equipe se revezam nas aulas de Zumba de ritmos variados (Foto Cleber Miranda)

 

A jornalista viajou a convite da Costa Cruzeiros e fez palestra remunerada pelos organizadores.

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Malhação com diversão e conexão corpo e mente ganham espaço nas salas de aula http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/09/27/malhacao-com-diversao-e-conexao-corpo-e-mente-ganham-espaco-nas-salas-de-aula/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/09/27/malhacao-com-diversao-e-conexao-corpo-e-mente-ganham-espaco-nas-salas-de-aula/#respond Tue, 27 Sep 2016 11:52:04 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=181 Da esquerda para a direita: aula de Superioga,  aula no Studio Velocity, treino NoCAUt by Cau Saad e Ballet Fitness
Em sentido horário: treino NoCAUt by Cau Saad (acima),  aula de Superioga, bike no Studio Velocity e Ballet Fitness

“Que possamos manter os olhos fechados para as coisas que só enxergamos com os olhos abertos. E os olhos abertos para aquilo que só enxergamos com os olhos fechados”, diz o mestre Paulo Junqueira, para encerrar a aula de Superioga. Quem pensou em algo contemplativo / zen se engana. A Superioga, modalidade de ioga criada por Paulo que está se espalhando pelo país, é uma prática dinâmica e vigorosa, que trabalha o corpo todo com exercícios sincronizados com a respiração. A gente sua em bicas enquanto se exercita e acorda bem dolorida no dia seguinte.     “O mais importante é o aluno estar realmente presente na aula, focado no que está fazendo”, diz o professor. “As pessoas passam muito tempo pensando no passado, que não podemos mudar, ou no futuro, no que vão fazer no minuto seguinte. Se esquecem de viver o aqui e agora. Se você concentra sua atenção na aula, nas posturas, em observar seus limites e perceber como o seu corpo responde aos exercícios, vai alcançar um resultado mais efetivo. E isso vai funcionar como uma meditação ativa porque, concentrado na prática, você não vai permitir que outros pensamentos invadam a sua cabeça durante a aula. Vai sair da sala com a energia renovada, tudo vai funcionar melhor”, completa.


Tendência
O exemplo sinaliza uma tendência: menos foco no número de flexões e nas calorias incineradas e mais na experiência de bem-estar que a atividade física proporciona. Entenda-se por bem-estar se livrar do stress, conectar o corpo e a mente, melhorar o astral e até dar boas risadas. Enfim, sair melhor do que entrou. Este é o ponto comum entre as modalidades que estão lotando as salas dos estúdios e academias e fazendo sucesso até nas redes sociais.

Nas aulas de bike indoor do Studio Velocity, frases motivacionais – “pequenas ações realizadas são mais importantes que grandes ações planejadas”, por exemplo – aparecem num painel. A iluminação é fraca, para estimular cada um a olhar para dentro de si, não para o outro. E a proposta vai além de pedalar para praticar uma atividade cardiorrespiratória e queimar gordura. “Usamos a bike para movimentar o corpo todo. A ideia é sentir a música, estar presente de corpo e alma na aula. A sensação boa é o combustível para ir mais longe… Você vai ajustar a carga porque está gostoso. Não é só bom depois: é para ser bom durante”, explica a professora Ana Paula Simões.


No Ballet Fitness, método criado pela ex-bailarina Betina Dantas, as posturas do balé evoluem para um workout intenso com trilha sonora dançante: uma proposta democrática para as mulheres que sempre quiseram ser bailarinas ou já foram e estão com saudades das sapatilhas. A aula é puxada, as pernas queimam, mas o que fideliza mesmo a mulherada é o bom humor e a leveza que Betina imprimiu ao método. “Bumbum no coque!”, “O verão vem aí”, “Bora queimar essas pernocas, não para, não!”, são alguns dos bordões que fazem o tempo passar sem a gente perceber e todo mundo termina a aula feliz da vida.


O alto astral também é ponto fundamental nos treinos de Cau Saad, aliado à conexão corpo e mente. Ela criou três modalidades que fazem sucesso: o Circuito Cau Saad de treinamento funcional, o WorCAUt (treino funcional usando o peso do próprio corpo) e o NoCAUt (treino funcional com movimentos de luta). Na semana que vem lança o Baile da Cau, um tipo de malhação em ritmo de dança. “A maneira como você conduz o treino faz a diferença. Procuro fazer com que o aluno se sinta confiante e confortável. Em vez de dizer que ele vai pisar em duas bolhas de borracha instáveis e pode cair, explico que ele vai apoiar cada pé no centro do acessório e, assim, vai se equilibrar”, conta Cau. O clima é de festa, com muita música e frases divertidas, na linha: “Agachou, o bumbum levantou!” e “Não projeta o corpo à frente no ‘afundo’. Mantenha a postura. Por isso se chama ‘afundo’. Senão, chamaria ‘se joga’.”


As brincadeiras fazem o treino pesado parecer mais leve, quebram a seriedade que domina nosso dia a dia. “Com diversão as pessoas se soltam mais, conseguem ser elas mesmas, sem se comparar com os colegas. Aí elas se entregam para a aula e tudo funciona”, diz Cau. O final é o momento mais esperado. “Inspire. Ao inspirar, deixe apenas as coisas e os sentimentos bons entrarem. Ao expirar, deixe ir embora tudo o que não serve mais. Inspire coragem, expire o medo. Inspire entusiasmo, expire desânimo. Inspire autoconfiança, expire ansiedade.”
Namastê!

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Tendência no mundo fitness é oferecer “experiências” de bem-estar http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/09/12/tendencia-no-mundo-fitness-e-oferecer-experiencias-de-bem-estar/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/09/12/tendencia-no-mundo-fitness-e-oferecer-experiencias-de-bem-estar/#respond Mon, 12 Sep 2016 03:12:50 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=158 Aula no Studio Velocity: sentir a música e viajar...
Aula no Studio Velocity com Gabriela Pugliesi, blogger e sócia: sentir a música e viajar… (Foto: Christian Parente/Divulgação)
Aula de Ballet Fitness na academia boutique Les Cinq Gym
Aula de Ballet Fitness na academia boutique Les Cinq Gym: surpreender com novidades e serviços especiais (Foto Divulgação)

    Menos holofote para a barriga “trincada” e mais foco no prazer que uma atividade física pode proporcionar. O wellness, ou bem-estar, está ganhando cada vez mais espaço no pódio com o fitness. Embora nos eventos e congressos nacionais e internacionais os cursos de HIIT (High Intensity Interval Training, ou treino intervalado de alta intensidade) e Crossfit (programa de treinamento de força e condicionamento físico baseado em movimentos funcionais, feitos em alta intensidade) lotem as salas de aula, uma outra abordagem da atividade física está deixando de ser tendência: virou realidade. Isso ficou claro na 17a IHRSA Fitness Brasil, o maior encontro de gestores do fitness da América Latina, com a mesa-redonda Boutique do Bem-Estar, que reuniu exemplos de serviços premium que têm em comum oferecer uma experiência ao aluno que vai muito além de um workout ou um cardápio. Participaram da discussão o doutor em nutrição Antonio Herbert Lancha Jr, criador do Método Lancha de emagrecimento personalizado, o professor de educação física e proprietário da academia Les Cinq Gym, Rodrigo Sangion, e o sócio e diretor do Studio Velocity, Shane Young.

“Viagem” na bike

   O Studio Velocity é pioneiro no Brasil no ciclismo indoor em estúdios e no sistema “pay per use”: não tem matrícula nem mensalidade, o aluno paga por aula e reserva a bike pelo site. Aberto há cerca de 2 anos, tem quatro unidades em São Paulo e vai inaugurar a quinta em Campinas (a 100 quilômetros de São Paulo) no mês que vem. A proposta da Velocity é unir tecnologia (com bikes de última geração), professores experientes e um ambiente que inspire saúde e diversão  para que, além de trabalhar o corpo todo na bike, os alunos aliviem o stress, melhorem o astral e se sintam parte de uma comunidade.

   “A maioria das pessoas não gosta de treinar. Ponto”, diz Young. “A palavra ‘treino’  é naturalmente associada a atleta, a malhação pesada. queremos mostrar que é possível ser saudável e feliz fazendo uma atividade que dá resultado: seja ele emagrecer, seja desestressar. E sem representar um peso, uma obrigação. Você só vai ver resultado se mentalmente estiver bem. O ser humano não funciona como máquina: ele só faz com regularidade o que gosta. E o que queremos é que as pessoas sintam isso na sala de aula”, completa.

   A bike é usada para movimentar o corpo todo: além de treinar o lado cardiorrespiratório, a aula trabalha a estabilização, o core (musculatura do abdômen e das costas) e os braços, com carga. “A proposta é sentir a música, estar presente de corpo e alma na aula. A sensação boa é o combustível para ir mais longe”,  explica Ana Paula Simões, formada em educação física e professora do método Velocity. “O aluno vai ajustar a carga porque está gostoso. Queremos que ele se sinta bem durante a aula, não apenas depois que acabou”, diz.

A luz é reduzida para os alunos entrarem no clima, sem reparar em quem está ao lado (Christian Parente/Divulgação)
A luz é reduzida para os alunos entrarem no clima, sem reparar em quem está ao lado (Foto Christian Parente/Divulgação)

   Shane é neozelandês, mora no Brasil há cerca de cinco anos e trabalhava no mercado financeiro antes de abrir a Velocity. A ideia surgiu depois de experimentar aulas em estúdios com esse novo conceito nos Estados Unidos. “Vi exemplos que eram muito diferentes do que acontecia aqui: a atividade física como lifestyle (estilo de vida), não apenas como workout (treino). Pessoas se exercitando juntas em aulas que eram motivadoras, inspiradoras, que criavam um sentimento de comunidade”, conta Young. “No Brasil, naquele momento, não existia nenhum método que enfatizasse essa parte mais mental: era tudo muito focado na técnica. Quando começamos, nossa proposta foi um choque para muita gente. Hoje em dia estão abrindo outros espaços com propostas que vão por este caminho: menos fitness e mais wellness”, conclui.

Atendimento mais que personalizado

   Oferecer mais do que um lugar de luxo para malhar foi o desafio do personal trainer Rodrigo Sangion quando abriu a academia boutique Les Cinq Gym num ponto nobre do bairro Jardins, em São Paulo, há cerca de 2 anos. “Depois de 18 anos dando aulas, sabia o que eu não queria numa academia. E isso ajudou muito”, conta Sangion. “Me coloco no lugar do cliente. Já estive fora do peso, briguei muito com a balança. Sei o que é se sentir desconfortável por estar fora de forma. Então, antes de mais nada, quero que o aluno se sinta acolhido na Les Cinq”, conta o personal, que virou o jogo contra a balança e chegou a ser capa da revista Men’s Health.

Arquitetura sofisticada, equipamentos de alta tecnologia... mas o atendimento personalizado faz a diferença (Foto Divulgação)
Arquitetura sofisticada, equipamentos de alta tecnologia… e foco em fazer o aluno se sentir único (Foto Divulgação)

   Sim, o luxo está presente em cada detalhe: o projeto arquitetônico é de Kiko Sobrino, peças de design, obras de arte, cascata no banheiro, toalhas de 400 fios, xampu, condicionador e sabonete liquido à disposição (e make, para as mulheres), frutas, água e castanhas nas salas de exercício. Mas a real aposta de Sangion para fidelizar esse cliente é o atendimento.

   Além de ele treinar todos os dias na academia e estar sempre à disposição para conversar com os alunos (tem uma sala bacanérrima só para receber os clientes), a Les Cinq oferece um professor para cada quatro alunos na musculação e acaba de lançar o fitness host: um serviço para recepcionar os novatos e mais tímidos. O host (anfitrião, em inglês), é um estudante de educação física que domina todo o funcionamento da academia e recebe cada aluno com simpatia logo na entrada. Munido de um tablet, ele acessa a ficha do cliente, pergunta como ele está se sentindo no dia, quanto tempo tem disponível, que atividade gostaria de fazer. “É comum os novatos se sentirem pouco à vontade, meio perdidos no começo. Queremos que o aluno se sinta acolhido, confortável”, conta Sangion. Outras vezes, o aluno tem curiosidade de experimentar uma aula diferente, mas sente vergonha de entrar na sala. Nesse caso, o host explica como é cada aula, entra com o aluno na sala, apresenta ao professor.

   “Lógico que a academia tem que oferecer resultado. Mas socializar também é importante: o cliente tem que se sentir bem aqui para querem voltar amanhã e a minha ideia é sempre surpreende-lo com novas experiências”, conclui Sangion.

De paciente a cliente

  O foco no cliente é o grande diferencial desses serviços. O nutricionista Lancha Jr, referência na área, faz questão de dizer que atende “clientes”, não “pacientes”. Por que? “Paciente dá uma ideia de que a pessoa é passiva no processo. Para ter sucesso no emagrecimento, a nutrição e a atividade física são importantes, mas a mudança de comportamento é fundamental”, explica o especialista. Depois de 20 anos de prática clínica ancorada em conceitos científicos, Lancha Jr desenvolveu um método de emagrecimento personalizado. “No Método Lancha uni a ciência com a gestão de fatores comportamentais. Só passar orientação nutricional, prescrever cardápio, não funciona” diz. O especialista afirma que, na maioria das vezes, as pessoas sabem o que têm que fazer para perder o excesso de peso. “O que elas precisam, na verdade, é criar dinâmicas para colocar isso em prática. E nós desenvolvemos estratégias para ajuda-las a mudar o padrão de comportamento.”

   Como conseguir isso? “Empoderando essas pessoas. Ajudando-as a organizar o dia para que consigam se alimentar de forma correta, sem proibir alimentos”, explica. É mais simples do que parece: “Coma de tudo, um pouco a menos. Assim, você consegue reduzir a gordura corporal. O que é importante: não tem nenhum alimento totalmente proibido, mas nada é totalmente liberado”, conclui. No final das contas, o que vale é o bom senso, o equilíbrio. Para funcionar, a pessoa tem que querer mudar e se engajar para a mudança, ser ativa no processo.

   Chama a atenção, nos casos citados acima, o fato desse o cliente não ser passivo no processo: ele é o protagonista da experiência e da mudança. O resultado é positivo para os dois lados: alunos/clientes satisfeitos e negócios bem sucedidos.   

Mesa-redonda sobre serviços premium de bem-estar, com Lancha Jr,  Sane Young, Rodrigo Sangion e eu na 17a IHRSA Fitness Brasil (Foto Divulgação)
Mesa-redonda sobre serviços premium de bem-estar, com Lancha Jr, Sane Young, Rodrigo Sangion e eu, na 17a IHRSA Fitness Brasil (Foto Divulgação)

Segmento em expansão

   Segundo dados do IHRSA Global Report 2016 (relatório da entidade internacional do fitness), o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial em número de academias e de alunos, atrás apenas dos Estados Unidos. São 34.509 academias e 9,6 milhões de alunos, o que representa cerca de 4% população brasileira e uma média de 280 alunos por academia. O faturamento do setor gira em torno de US$ 2,1 bilhões no Brasil.

Encontro reúne líderes

   A 17a IHRSA Fitness Brasil é o maior encontro de gestores do fitness, investidores e proprietários de academias da América Latina. Entre os dias 1 a 3 de setembro, cerca de 2000 profissionais participaram de mesas redondas, keynotes, palestras, painéis de cases de sucesso e workshops no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Foram cerca de 85 horas de conteúdo com mais de 70 palestrantes palestrantes e especialistas.

   O evento também sediou a maior feira do segmento fitness: foram 16.000 metros quadrados com mais de 120 expositores de artigos e acessórios esportivos,  equipamentos, moda fitness, franquias, metodologia de treino para academias, soluções tecnológicas, programas de avaliação corporal e novas aulas de ginástica e dança. Os números finais do evento ainda não foram divulgados, mas a expectativa era receber 15 mil visitantes e atingir a marca dos R$ 120 milhões em volumes de negócios durante os três dias.

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“Criei a Zumba para os 90% da população mundial que não querem fazer uma atividade física”, diz Beto Perez http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/08/30/criei-a-zumba-para-os-90-da-populacao-mundial-que-nao-querem-fazer-uma-atividade-fisica-diz-beto-perez/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/08/30/criei-a-zumba-para-os-90-da-populacao-mundial-que-nao-querem-fazer-uma-atividade-fisica-diz-beto-perez/#respond Tue, 30 Aug 2016 17:28:14 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=149  

Beto Perez canta e dança em convenção que reuniu 7500 instrutores de Zumba de mais de 90 países, fim de julho, em Orlando (foto: divulgação)
Beto Perez canta e dança em convenção dos instrutores de Zumba em Orlando (foto: divulgação)

Um bailarino e professor de dança colombiano que queria inspirar as pessoas a dançar. Parece um sonho comum, exceto pelo fato de que esse bailarino é Beto Perez, o criador da Zumba, a maior empresa fitness do mundo. Exercício disfarçado é uma boa definição para a aula que traz uma mistura de ritmos com passos fáceis de acompanhar e que podem ser praticados por pessoas de qualquer idade, peso ou nível de condicionamento, transformando a sala de aula numa pista de dança. Presente em 186 países, as aulas de Zumba são ministradas em mais de 200 mil academias ou estúdios e praticadas por cerca de 15 milhões de pessoas por semana.
Como atinge tanta gente? Beto Perez conta: “Enquanto a grande maioria dos programas fitness é desenvolvida para quem quer malhar – o que representa menos de 10% da população mundial – criei a Zumba pensando em quem não quer fazer uma atividade física. A ideia é que os alunos se sintam numa festa e se exercitem sem perceber”. Bingo!
Quando a Zumba surgiu, em 2001, as aulas usavam basicamente ritmos latinos, como salsa, cumbia, merengue e reggaeton. Atualmente, eles continuam a compor a base da trilha sonora, mas podem ser combinados com outros estilos musicais. No Brasil, axé, funk e sertanejo fazem sucesso. Mas cada país tem autonomia para acrescentar ritmos próprios e oportunidade de compartilhar isso com outros instrutores, como aconteceu na Zumba Instructor Convention, que reuniu 7.500 instrutores de mais de 90 países no fim de julho, em Orlando (EUA). Entre os workshops e aulas com ritmos latinos e hip hop estavam outros com trilha sonora oriental, árabe, havaiana, disco, soul…
Enquanto negócio, a Zumba também não para de crescer. Hoje a marca oferece vários programas de aulas (na água, no step, na cadeira, para crianças, para idosos), exercícios em DVD, trilhas sonoras originais, roupas, tênis, videogames, eventos interativos, cruzeiros marítimos, uma revista trimestral sobre estilo de vida e acaba de lançar um shake proteico e uma linha de produtos de beleza. “Sempre há o que fazer. Os desafios não acabam. Estou trabalhando numa serie com a MTV sobre a história da minha vida, quero fazer um filme, um musical para a Broadway…”, conta Perez.
Leia, a seguir, a entrevista com Beto Perez, criador desse império fitness.

Como surgiu a ideia da Zumba?
Beto Perez – Por acaso. Quando eu tinha 16 anos, dava aulas de ginástica aeróbica em Cali, minha cidade natal. Eu tinha uma fita cassete com músicas latinas que havia gravado de uma rádio e, um dia, resolvi usar essas músicas na aula. Comecei a improvisar com meus alunos e eles gostaram, pediram mais. Faziam as aulas felizes porque parecia uma festa, era diferente. Aí passei a dar essa aula com dança e música latina uma vez por semana. O número de alunos foi aumentando e as aulas também: de duas para três, quatro aulas na semana. Dava aulas à noite… A Zumba nasceu assim, meio por acidente. Mas minha base também ajudou: estudei cinco anos em uma escola de dança em Cali e também estudei educação física. O que fiz foi uma combinação do fitness com a dança popular, usando diversos ritmos nas aulas.

E quando começou a crescer?
Beto Perez – Quando virou um fenômeno em Cali, me mudei para a capital, Bogotá. Dava aulas nas academias e também era coreógrafo. Nessa época, Shakira (a cantora) me chamou para trabalhar com ela no seu primeiro álbum, Pies Descalzos. Por conta disso, celebridades começaram a fazer as minhas aulas. Foi quando senti que deveria viajar, que tinha potencial para fazer algo maior. E me mudei para os Estados Unidos no ano 2000. Não foi fácil: fiz quatro viagens aos Estados Unidos sem dinheiro, cheguei a dormir na rua duas noites até conseguir uma oportunidade.

Beto Perez durante entrevista, na Zumba Instructor Convention, em Orlando
Beto Perez durante entrevista, na Zumba Instructor Convention, em Orlando

Qual é a principal diferença entre a Zumba e outros programas fitness pré-coreografados?
Beto Perez – Durante muito tempo, a indústria do fitness ignorou o consumidor comum e focou em criar programas de atividade física para pessoas que queriam de se exercitar. Eu criei a Zumba pensando em quem não gosta de fazer exercícios, o que significa 90% da população mundial. Essas pessoas não sentem vontade de aderir a um programa de atividade física, mas gostam de festa. Esse é o meu público.

Entre os instrutores e os praticantes de Zumba vemos pessoas de todas as idades e de todos os tipos físicos. Isso num momento em que o mundo está muito sedentário. Foi uma intenção sua tirar as pessoas do sedentarismo?

Beto Perez – Não. Eu me comparo às vezes com o personagem do filme Forrest Gump, que sentiu necessidade de correr, começou a correr e as pessoas começaram a segui-lo. E muitas dessas pessoas mudaram de vida, ficaram mais felizes. Eu comecei a dançar, as pessoas começaram a me seguir e mudaram suas vidas, mas eu não tive uma intenção de fazer isso. Só queria dançar, ensinar as pessoas a dançar e a se divertir. Quando os alunos entravam na minha aula, minha única intenção era que se divertissem. Não era que perdessem peso, por exemplo.

Na convenção dos instrutores dá para perceber que muitos deles vêem a Zumba como um estilo de vida: eles vestem Zumba, tatuam Zumba no corpo e se sentem realmente parte de uma comunidade. Como isso acontece?
Beto Perez – Eu gosto de dançar, mas gosto mais ainda de ensinar a dançar. Tem professores que gostam de se mostrar para os alunos e outros que querem que seus alunos sejam tão bons quanto ou melhores que eles. Eu sou desse grupo: procuro convencer meus instrutores de que eles podem ser melhores do que eu. Acho que essa é a chave do sucesso. Gosto de ser bailarino, mas gosto mais ainda de ser professor.

Quais os três pontos mais importantes sobre a Zumba?
Beto Perez – 1. É diferente das outras aulas. 2. É divertido. 3. A importância da música para as aulas também é um diferencial.

Você diria que a música não é um coadjuvante, mas um dos protagonistas na aula?
Beto Perez – Sim. A música tem papel fundamental no sucesso da Zumba. A indústria do fitness, em geral, não dá a devida importância à música, usa muita coisa  feita em computador – putz, putz, putz (imita o som eletrônico). Nós fazemos a nossa música e, para fazer música boa é preciso dinheiro, criatividade, estar com os melhores. Investimos muito dinheiro nisso: temos dez produtores, ganhadores de Grammy (o maior prêmio da industria musical), trabalhando com a gente, sob minha direção.

Beto Perez e Timbaland (compositor de hip hop e R&B) em estúdio, compondo músicas para a Zumba (foto: divulgação)
Beto Perez e Timbaland (compositor de hip hop e R&B) em estúdio, compondo músicas para a Zumba (foto: divulgação)

As aulas não precisam ter apenas ritmos latinos?
Beto Perez – Não. Usamos uma fusão da música do mundo. Aliás, a fusão é o futuro da música: a fusão de culturas. Você pode fazer música mesclando Olodum com dança do ventre, música baiana com reggaeton (fusão de reggae, hip hop, salsa e música eletrônica), samba com cha cha cha. Eu gosto disso: com os produtores musicais parceiros, que fazem músicas exclusivas para a Zumba, podemos brincar com todas essas combinações. E  somos habitantes do planeta: usar as músicas de outros países nas aulas abre uma uma oportunidade de aprender mais sobre outras culturas enquanto nos divertimos.

A ideia é se exercitar sem perceber?
Beto Perez – As pessoas relacionam atividade física a sofrimento, tortura, dieta, sacrifício. Acredito que com a Zumba rompemos esse esquema. Agora é exercício, diversão, alegria, festa, música.

Para a Zumba, qualquer um pode dançar?
Beto Perez – Sim. Usamos movimentos fáceis, básicos. Sempre que penso minhas aulas, quando estou criando as coreografias, imagino se minha mãe poderia acompanhar.

Qual a diferença da Zumba no Brasil em relação aos outros países latino-americanos?
Beto Perez – A Zumba no Brasil foi um desafio, porque vocês são auto-suficientes do ponto de vista musical. O idioma é diferente. Num primeiro momento me disseram que seria impossível, que no Brasil não gostavam de salsa, de merengue, de reggaeton. Diziam que para o reggaeton o Brasil tem o axé, para o hip hop tem o funk brasileiro, para a salsa tem o samba. Mas insistimos até que surgiu uma oportunidade de lançarmos a Zumba no Brasil e as pessoas gostaram. Depois fizemos a parceria com a Claudia Leitte (embaixadora oficial da Zumba no Brasil) e, por fim, aconteceu. Porque o brasileiro é divertido, se parece muito com o colombiano no sentido de que gosta de festa. Às vezes não temos dinheiro, mas vamos nos divertir, falta comida, mas vamos dançar… Me identifico muito com o brasileiro, que é muito alegre.

E os próximos passos?
Beto Perez – Eu realizei um sonho que tive aos 16 anos. Mas este é meu trabalho, minha profissão. Sou muito disciplinado e sinto necessidade de criar coisas novas o tempo todo. E os desafios não acabam. Estou fazendo uma serie com a MTV sobre a história da minha vida, quero fazer um filme, um musical para a Broadway…

Beto Perez fala para cerca de 7500 instrutores de Zumba de mais de 90 países em convenção em Orlando (foto: divulgação)
Beto Perez fala para cerca de 7500 instrutores de Zumba de mais de 90 países em convenção em Orlando (foto: divulgação)
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Zumba lança primeiro treino de força http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/08/18/zumba-lanca-primeiro-treino-de-forca/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/08/18/zumba-lanca-primeiro-treino-de-forca/#respond Thu, 18 Aug 2016 04:54:53 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=131  

A master trainer Ai Lee Syarief, co-criadora do Strong by Zumba, treina instrutores (foto: divulgação)
A master trainer Ai Lee Syarief, co-criadora do Strong by Zumba, treina instrutores (foto: divulgação)

Você já ouviu falar de Zumba ou experimentou a aula de dança que trabalha o corpo todo e detona calorias sem parecer que está se exercitando? Pois a marca, que está presente em 186 países e conta com cerca de 15 milhões de praticantes mundo afora, vai lançar seu primeiro treino de força, o STRONG by Zumba. A nova aula mescla princípios do HIIT (treinamento cardiovascular de alta intensidade), exercícios aeróbicos (pliométricos, de explosão + movimentos de lutas, como socos e chutes) e treinamento de força com exercícios funcionais, usando o peso do próprio corpo. Os movimentos e sequências são realizados em sincronia com a música.
A modalidade acaba de ser lançada na Zumba Instructor Convention, convenção mundial que reuniu cerca de 7500 instrutores de mais de 90 países, realizada fim de julho em Orlando, nos Estados Unidos.
Estive na convenção e fiz a aula: é muito bacana. A principal diferença em relação aos outros treinos que testei mesclando HIIT e funcional (não foram poucos) é a sincronia entre movimento e música. Marca registrada da Zumba, a música não é pano de fundo: tem papel fundamental na aula.
Essa sincronia do movimento com a música ajuda o aluno a realizar corretamente cada exercício. Nessa aula coletiva, todo mundo faz os exercícios ao mesmo tempo: nada de correr com a série para terminar mais depressa que o colega ao lado. Ter tempo suficiente para realizar um agachamento ou afundo com os joelhos formando o ângulo de 90 graus, uma flexão de braços, uma prancha ou um burpee cuidando de não relaxar a lombar faz toda a diferença para trabalhar o corpo da maneira correta e prevenir lesões.
Giuliano Cangiani, instrutor em Belo Horizonte (MG) e master trainer de Strong by Zumba no Brasil explica: “Nós primeiro montamos a coreografia com os exercícios e depois levamos para o estúdio, onde o DJ cria a música. Cada movimento tem um sinal sonoro que ajuda o aluno a seguir as sequências”.

Giuliano Cangiani, o primeiro master trainer brasileiro de Strong by Zumba
Giuliano Cangiani,  primeiro master trainer brasileiro de Strong by Zumba (foto: divulgação)

Outro ponto importante é o sistema de progressão do método. A progressão dos movimentos ajuda a reduzir o risco de lesões nos alunos enquanto a progressão da música orienta a intensidade dos exercícios. Um exemplo: o professor ensina a sequência começando com movimentos simples, usando apenas a perna direita. A música é mais lenta. Depois, inclui a perna esquerda, seguida dos movimentos de braços. Quando os alunos já dominam a sequência, novos instrumentos são acrescentados à musica e a batida aumenta. No momento em que  o andamento da música está mais rápido, a turma já dominou os exercícios e tem condições de encarar uma intensidade maior.
“Ao se mexer em sincronia com a música você malha com mais garra. Em cada aula de Strong by Zumba música e movimento se fundem em sincronia, o que motiva os alunos a ultrapassarem seus limites, alcançando um novo patamar de intensidade”, diz Ai Lee Syarief, master trainer suíça e co-criadora do Strong.

No Brasil
A novidade chegará ao Brasil em setembro, com lançamento oficial na 17a IHRSA Fitness Brasil, a maior convenção de gestão de fitness da América Latina. A ideia é atingir tanto os praticantes de Zumba que buscam um treino intenso para o corpo todo como as pessoas gostam de malhar e se interessam por treinos intervalados de alta intensidade mais desafiadores.
O resultado? “Você melhora a resistência muscular, tonifica e define os músculos e ainda trabalha coordenação, equilíbrio, agilidade e explosão. Tudo isso usando apenas o peso do corpo”, diz Cangiani. E aproveita pra detonar calorias. Vale experimentar!

Veja os vídeos
Para entender melhor o que é o Strong by Zumba, dê uma olhada nos vídeos a seguir. O primeiro é uma demonstração do método feita na abertura da Zumba Instructor Convention, em Orlando.

 

Este segundo é da aula oficial lançada na convenção. Foram apresentadas duas aulas: participei da primeira aula e assisti a segunda, para gravar.

 

 

 

 

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Marcio Atalla dá 3 dicas para colocar movimento no seu dia a dia e trocar gordura por saúde http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/07/26/marcio-atalla-da-3-dicas-para-colocar-movimento-no-seu-dia-a-dia-e-trocar-gordura-por-saude/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/07/26/marcio-atalla-da-3-dicas-para-colocar-movimento-no-seu-dia-a-dia-e-trocar-gordura-por-saude/#respond Tue, 26 Jul 2016 11:40:03 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=122 Batel-papo com o educador físico Marcio Atalla para o blog
Batel-papo com o educador físico Marcio Atalla para o blog (Foto Luciana Aith)

O professor de educação física Marcio Atalla está à frente do Projeto Vida de Saúde, que propõe mudar a qualidade de vida de uma cidade inteira (Jaguariúna, a 120 km de São Paulo) por meio da prática de atividade física e melhores escolhas na alimentação. Especialista em treinamento de alto rendimento com pós-graduação em nutrição pela USP, Atalla dá sugestões de como ser mais ativo no dia a dia e perder o excesso de peso. 

As pessoas estão cada vez mais gordas, no Brasil e no mundo. Qual a relação que você vê entre o aumento dos índices de obesidade e o fato de todos estarem se movimentando menos?
Marcio Atalla – Não tenho nenhuma dúvida de que essa é a principal causa. Associar o excesso de peso da população à alimentação é um erro. Você não vê nenhum estudo comparando a quantidade de calorias consumidas nos último 50 anos e agora que mostre um aumento significativo no número de calorias. Mas se pegar qualquer estudo dos últimos 30 ou 40 anos mostrando a quantidade de movimento que o ser humano deixou de executar no dia a dia e chegamos a uma redução de 70% a 80% de movimento atualmente por conta de mais tecnologia, mais conforto. O fato de o ser humano não estar se movimentando impacta diretamente no aumento da obesidade.

E qual é o mínimo de atividade física que alguém que está sedentário e acima do peso deve que fazer para emagrecer?
Marcio Atalla – Isso varia caso a caso. É muito importante observar como é o dia da pessoa e ver que tipo de movimento ela pode incluir com regularidade. Não importa qual é a atividade física ou o tipo de movimento, ela só vai colher esses benefícios se ela fizer sempre. Pode ser subir escadas todos os dias, caminhar. Com meia hora de caminhada moderada por dia já dá para colher os benefícios da atividade física, de um gasto calórico maior. Só para ver essa relação, estudos mostram que se você substituir duas horas do seu tempo sentado simplesmente pelo tempo em pé você já tem aumento do gasto calórico, diminui os riscos de problemas cardíacos e de diabetes. Então o fato é diminuir o tempo de inatividade, que fica sentado ou deitado. Você decide como vai mudar isso. Mas tem que ter regularidade.

Regularidade é “todo dia”?
Marcio Atalla – Pelo menos cinco vezes na semana. Regularidade é a maior parte dos seus dias. Se o mês tem 30, você tem que se movimentar pelo menos 20, 22, 23 dias para que o seu corpo entenda que o dia que você não se movimenta é uma exceção, não a regra.

Qual a participação da alimentação nesse processo?
Marcio Atalla – Claro que a boa alimentação é importante. Mas isso tem que estar adequado ao estilo de vida de cada um. A pessoa que faz mais movimento, que leva uma vida mais ativa e mais saudável vai ter uma liberdade maior na hora da alimentação. Quem é sedentário, que não se movimenta muito, não pode errar na alimentação e acaba tendo um cardápio muito restrito. Por isso é importante equilibrar. Sempre sugiro consumir entre 60% e 70% de alimentos in natura (frutas, legumes, arroz, feijão, carne, ovos, laticínios) porque vai ter mais fibras, mais nutrientes, e colocar o corpo em movimento. A atividade física tem uma série de respostas no corpo que nenhuma alimento vai proporcionar. Mas a alimentação complementa.

Quais seriam, por exemplo, três maneiras de colocar mais movimento no dia a dia?
Marcio Atalla – 1 – A primeira coisa é diminuir o tempo sentado ou deitado. Se você trabalha muito tempo sentado, procure ficar mais tempo em pé. Na hora de falar ao telefone, por exemplo.
2 – Faça pequenos deslocamentos no seu dia, como trocar o elevador pela escada. Na hora do almoço, vá caminhando até o restaurante. Tudo isso conta.
3 – Escolha uma atividade física que dê prazer. Isso é fundamental porque, tendo prazer, você vai conseguir ter regularidade e vai colher outros benefícios que não só físicos da atividade.

Se a pessoa optar por subir escadas, quantos andares deve subir por dia para ver resultado?
Marcio Atalla – Isso vai sempre depender do nível de condicionamento físico de cada um. Se você subir 18 andares ao longo do dia (não precisa ser de uma vez: pode dividir em seis ou oito vezes) vai colher os benefícios de uma caminhada de 30 minutos.

E a história de contar passos: quantos passos preciso dar para deixar de ser sedentário?
Marcio Atalla – O ideal é dar 10 mil passos todos os dias. Com 7500 você deixa de ser “sedentário” e passa a ser “pouco ativo”. Com 10 mil passos você já é “ativo”. Hoje, o brasileiro dá, em média, 2200 passos.  Se você chega a 7500 já está diminuindo em 60% o risco de ter diabetes e problemas cardíacos. É um passo por vez: de 2200 sobe para 7500, depois procura atingir a meta de 10 mil passos cinco vezes por semana.

Como você pretende ajudar a melhorar a saúde de uma cidade inteira?
Marcio Atalla –
No início do projeto, em maio, parte significativa da população de Jaguariúna foi cadastrada e passou por avaliações laboratoriais: exame de sangue, circunferência abdominal, IMC (índice de massa corporal), pressão arterial, nível de atividade física, padrão alimentar e estado de saúde. Estamos fazendo uma série de intervenções na cidade, oferecendo várias oportunidades para as pessoas se exercitarem e aprenderem a comer melhor: caminhadas, passeios de bicicleta, oficinas de culinária e de nutrição, palestras e aulas abertas nos parques públicos. Os cadastrados têm acesso a uma plataforma digital chamada “Oi, Atalla!”, que permite que as pessoas simulem treinos, anotem todas as suas atividades diárias e recebam dicas de nutrição e atividades físicas. Além disso, há um aplicativo de celular com pedômetro, que marca quanto o usuário está se movimentando por dia. No final do ano refaremos os exames para medir o real impacto da mudança do estilo de vida na saúde dessas pessoas e os dados servirão de base para um estudo científico coordenado por mim junto com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Faculdade de Jaguariúna (FAJ).

Marcio Atalla na caminhada de lançamento do projeto Vida de Saúde, em Jaguariúna (foto Luciana Aith)
Marcio Atalla na caminhada de lançamento do projeto Vida de Saúde, em Jaguariúna (foto Luciana Aith)

Então a ideia é replicar isso em outras cidades?
Marcio Atalla –
Sim. O modelo do Vida de Saúde pode e deve ser replicado em diversas cidades do Brasil. O objetivo do projeto é mostrar que atitudes como as citadas já promovem benefícios a saúde. Fazer pequenos ajustes na alimentação também contribui bastante, sem a necessidade de manter uma postura radical ou seguir dietas impossíveis. Construir saúde não acontece de uma hora para outra, é um processo de reeducação de hábitos. A ideia é fazer um pouco a cada dia, mas todos os dias. E usar a medicina preventiva mais barata e eficiente que existe e que pertence a cada um de nós: o movimento.

Moradores de Jaguariúna fazem aula de alongamento, uma das atividades oferecidas pelo projeto (Foto Luciana Aith)
Moradores de Jaguariúna fazem aula de alongamento, uma das atividades oferecidas pelo projeto (Foto Luciana Aith)
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Estratégias para curtir as férias sem engordar http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/07/15/estrategias-para-curtir-as-ferias-sem-engordar/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/07/15/estrategias-para-curtir-as-ferias-sem-engordar/#respond Fri, 15 Jul 2016 14:02:48 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=113 Caminhar nas viagens estimula a conexão com os filhos e queima calorias
Caminhar nas viagens estimula a conexão com os filhos e queima calorias (Fotos Luiz Rivoiro)

Sempre que volto das férias me perguntam como faço para não engordar na viagem. Nunca fiz academia em hotel e a palavra dieta também não faz parte do cardápio, afinal, férias são férias. E um dos meus maiores prazeres é saborear o que é típico de cada lugar – o que não quer dizer enfiar o pé na jaca. Mas a equação é simples: se quero comer, tenho que queimar, senão a conta não fecha.

Sou naturalmente ativa, detesto ficar parada. Então, meu grande aliado é o tênis e minha atividade física é caminhar, onde quer que esteja. Não costumo usar taxi e só pego metrô ou ônibus quando vou a algum lugar realmente distante. Com amigos ou com a família, a ideia é sempre explorar os lugares a pé.

Acabei de voltar de 15 dias na Espanha: percorremos cerca de 3000 quilômetros de estradas, mas, uma vez terminado o trecho entre cidades e vilarejos, o carro ia para o estacionamento e… bora andar. O maridão sempre foi adepto e os filhos entram no esquema: João, de 14 anos, e Pedro, de 10 anos, já acostumaram. Saímos pela manhã e passamos o dia outdoor, voltando só à noite.

Caminhando conseguimos perceber coisas impossíveis de ver da janela do carro, descobrimos cantos e becos que não estavam nos planos. Sem falar que a situação estimula a conexão entre as pessoas, é um convite à conversa. E serve de antídoto para aquela situação que quem tem filhos conhece: eles entram no carro e colocam o fone ou começam a jogar no celular. Durante as andanças, eles contam  coisas, expõem ideias. Queimar calorias não é o objetivo, é o bônus.

Explorar lugares novos a pé facilita perceber os costumes locais e a interagir com a cidade
Explorando os lugares a pé observamos as pessoas e a interagimos com a cidade (Fotos Luiz Rivoiro e Angélica Banhara)

Comer é parte importante de qualquer viagem, mas tenho algumas estratégias.

1 – Evito fritura. Trocar o frito pelo grelhado / assado economiza pelo menos 50% das calorias. Uma porção de lulas empanadas, por exemplo, tem três vezes mais calorias que a grelhada.

2 – Incluo proteína em todas as refeições. No café da manhã, costumo acrescentar ovo mexido ou iogurte. No almoço e no jantar fica mais fácil: sempre como peixe, carne ou frango, mesmo quando o prato é massa. “A proteína aumenta a saciedade. Com ela, a digestão acontece mais devagar, então, ajuda a controlar o apetite e a glicemia”, explica a nutricionista Alessandra Luglio, de São Paulo.

3 – Evito misturar carboidratos. Ou pão, ou arroz, ou massa ou batata. Tudo junto é desnecessário. “O problema não é a mistura, mas a soma das quantidades. Fique de olho para não exagerar”, diz Alessandra.

4 – Divido a sobremesa. É um jeito de não passar vontade e não extrapolar.

5 – Não pulo refeições. Se sei que vou jantar, não preciso me acabar de comer no almoço… E não ficar muito tempo em jejum mantém o metabolismo ativo o tempo todo. “Comer em intervalos regulares ajuda a segurar o apetite. É um jeito de não chegar faminta à próxima refeição e atacar o couvert”, completa a nutricionista.

Adapto essas dicas onde quer que eu esteja.

Na praia: quer melhor lugar para caminhar? Não precisa correr: manter um ritmo forte, alternando momentos na areia fofa e com a água cobrindo os tornozelos é um exercício e tanto. E não perca a oportunidade de entrar na água: as ondas e o movimento da maré fazem um tipo de drenagem natural. Bom para o corpo e para a alma. E molhe o cabelo, please: um descarrego no mar vale muito mais que uma escova.

Os petiscos: milho cozido (sem manteiga, ok?), castanha do pará e queijo de coalho são melhores opções que o espetinho de camarão frito e a empada. Água de coco e picolé de frutas também combinam com praia. “E você pode levar um mix de castanhas e frutas secas na bolsa”, sugere Alessandra.

No bufê de café da manhã: antes de ir colocando tudo que tem cara de gostoso no prato, dê uma olhada geral e faça escolhas. Se vai ficar alguns dias, não precisa pegar o bolo, a torta e o croissant de uma vez, né?

Ama tapioca? Recheie com proteína (ovos mexidos ou queijo, por exemplo). Se não resiste à versão doce, tente banana com canela em vez de leite condensado com coco, por exemplo. “Peça para não colocar manteiga nos ovos. Não precisa”, lembra a nutricionista.

No hotel fazenda: para equilibrar a comida de fogão a lenha, só dobrando a andança. “Capriche na salada antes dos pratos quentes. Assim garante as fibras e aproveita para forrar o estômago”, diz Alessandra. Brincar com os filhos na piscina, jogar bola com eles e andar a cavalo são ótimas opções de lazer com movimento.

E você? Qual a sua dica para aproveitar as férias e não engordar?

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Aula de Ballet Fitness para fazer em casa http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/06/27/aula-de-ballet-fitness-para-fazer-em-casa/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/06/27/aula-de-ballet-fitness-para-fazer-em-casa/#respond Mon, 27 Jun 2016 10:57:13 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=72 O Ballet Fitness é uma aula puxada de ginástica feita a partir dos exercícios do balé
O Ballet Fitness é uma aula puxada de ginástica feita a partir dos exercícios do balé (Fotos Christian Parente)

Você já ouviu falar de Ballet Fitness? Unir dança e workout é a bola da vez. Pioneiro nessa proposta, o Ballet Fitness, método criado pela ex-bailarina e professora de educação física Betina Dantas, ganha cada vez mais adeptas Brasil afora (são mais de 60 academias e estúdios licenciados). “O corpo da bailarina – forte, longilíneo, flexível e delicado – é uma inspiração para muitas mulheres, principalmente as que não se indentificam com um visual supersarado”, diz Betina. Com base em movimentos do balé clássico (pliés, elevés e companhia), ela montou sequências puxadas, com várias repetições e ritmo power de ginástica, para trabalhar o corpo todo, na barra e no solo. Não precisa ter feito balé para acompanhar a aula. Mas, se você já dançou e lembra com saudade daquela fase, é uma oportunidade e tanto. Fiz balé clássico e outras modalidades de dança durante 11 anos, participei de grupos de dança amadores… Parei de dançar em 1990, quando comecei a trabalhar como repórter na Folha de S. Paulo: era impossível conciliar os ensaios diários com o ritmo puxado da redação. Durante mais de 20 anos, fiz outras aulas de diversas modalidades. Mas confesso que, quando entrei numa loja de dança para comprar uma sapatilha para fazer minha primeira aula de Ballet Fitness me emocionei ao reviver uma fase tão importante para mim.

Veja, abaixo, um bate-papo com Betina Dantas e flashes da aula.

A AULA

Quer experimentar? Testei, aprovei e mostro a seguir uma adaptação dos exercícios para você fazer em casa. Capriche na playlist e se prepare para acordar dolorida amanhã!


1 – Abdômen e quadriceps

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A. Sentada nos ísquios (ossinhos do bumbum), costas retas, abdômen contraído como se sugasse o umbigo. Flexione o joelho esquerdo (ponta do pé no chão) e estenda a perna direita (pé em ponta), elevando-a a 45 graus.

DSC_8833B. Desça o tronco devagar, colocando vértebra por vértebra da coluna no chão, sem encostar os ombros e contraindo o abdômen. Mantenha a perna elevada. Os braços se abrem na lateral do corpo, sem tocar o chão. Volte à posição inicial. Faça de 6 a 10x, sempre enrolando e desenrolando a coluna. Repita do outro lado.

 

2 – Coxas e glúteos

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Em pé, mão esquerda na barra ou no encosto de uma cadeira, costas retas, abdômen contraído, pernas bem afastadas e ponta dos pés voltadas para fora. Flexione os joelhos (eles se abrem na linha da ponta dos pés) até que as coxas fiquem quase paralelas ao solo. Não arrebite o bumbum e mantenha os ombros na linha dos quadris, sem cair para a frente (imagine que algo puxe a sua cabeça em direção ao teto). Repita de 6 a 10x.

 

3 – Coxas e glúteos
Em pé, estenda os braços, apoiando as mãos levemente na barra ou no encosto de uma cadeira.
DSC_8714Flexione o joelho direito até a coxa formar um ângulo de 90 graus (ele não ultrapassa a ponta do pé) e estenda a perna esquerda atrás, pé em meia-ponta, abdômen contraído, costas retas e quadris alinhados e voltados para a frente.
A. Estenda e flexione o joelho (6x). B. Permaneça em isometria (parada com o joelho flexionado) por 6 respirações. C. Com o joelho flexionado, faça movimentos curtos de insistência (6x). Repita com a outra perna.


4 – Tríceps (cisne)

DSC_8850Sente-se no chão com os joelhos unidos e o bumbum encostado nos calcanhares. A. Leve os braços para trás do corpo, na largura dos ombros, cotovelos estendidos, mãos viradas para fora e flexionadas. B. Erga os braços pela lateral, abrindo-os como um pássaro e mantendo as mãos abertas para fora (os braços acompanham a linha da cabeça). Volte à posição inicial. Faça 2 séries de 6 a 10x.


5 – Abdômen
Sentada nos ísquios, costas retas, abdômen contraído como se sugasse o umbigo, mãos apoiadas no solo, cotovelos estendidos.
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A. Eleve as pernas estendidas (músculos contraídos e pés em ponta).

DSC_8791B. Desça o tronco e as pernas lentamente, sem relaxar o abdômen. Vá o mais baixo que conseguir sem encostar os ombros no chão (as mãos deslizam para os lados). Volte lentamente. Faça de 6 a 10x.


6 – Pernas
Em pé, mão esquerda na barra ou no encosto de uma cadeira, pernas afastadas (um pouco atém da largura dos quadris), ponta dos pés para a frente a abdômen contraído. Braço direito à frente.

DSC_8748A. Agache como se fosse se sentar em uma cadeira (coxas paralelas ao solo, joelhos não ultrapassam a ponta dos pés) e volte (faça 6x).

DSC_8754B. Estenda os joelhos e leve o tronco à frente, mantendo as costas retas e o abdômen contraído (o braço direito acompanha a linha das costas). Permaneça por 6 respirações.

DSC_8760C. Suba na meia-ponta, ativando a musculatura das pernas e mantendo as costas retas. Volte. Suba e desça sem flexionar os joelhos (6x). Fique em isometria (parada) na meia-ponta por 6 respirações.


7 – Abdômen, peitoral e braços
Ajoelhe no chão em posição de flexão: braços abertos, cotovelos flexionados formando um ângulo de 90 graus, dedos das mãos voltados para a frente.

DSC_8848A. Contraia o abdômen e tire os joelhos do chão, mantendo o peito dos pés no chão, as costas retas e a cabeça alinhada. Não arrebite o bumbum e mantenha o abdômen contraído durante todo o exercício.B. Eleve os quadris como se quisesse formar um V invertido, com braços e pernas estendidos, musculatura do corpo todo ativada e abdômen contraído (como se fosse colar o umbigo nas costas). Aproxime as pernas do tronco o máximo que conseguir: a força para levantar os quadris parte do abdômen. C. Deslize os pés para trás até voltar à posição da prancha. Mantenha as costas retas e faça uma flexão de braços com os cotovelos abertos (foto).  Faça de 3 a 6x.


8 – Quadríceps e glúteos
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A. Em pé, apoie-se levemente na barra ou no encosto de uma cadeira. Flexione o joelho direito (ponta do pé para a frente) e estenda a perna esquerda para trás (pé em ponta).

DSC_8769B. Eleve a perna de trás e volte, mantendo o abdômen contraído e o joelho da frente flexionado (faça 6x). Troque de lado. C. Na posição inicial, eleve a perna de trás e mantenha em isometria durante 6 respirações. Volte e repita do outro lado.


9 – Abdômen
Sentada nos ísquios, costas retas, abdômen contraído, mãos apoiadas no solo, cotovelos estendidos.

DSC_8803A. Eleve as pernas com os joelhos semiflexionados, mantendo as costas retas e o abdômen contraído.

DSC_8808B. Desça o tronco e as pernas até a ponta dos pés tocar o chão. Volte, mantendo o abdômen contraído. Faça de 6 a 10x.

 

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Pessoas saudáveis não se beneficiam de dieta sem glúten, informa Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/06/16/pessoas-saudaveis-nao-se-beneficiam-de-dieta-sem-gluten-informa-sociedade-brasileira-de-alimentacao-e-nutricao/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/06/16/pessoas-saudaveis-nao-se-beneficiam-de-dieta-sem-gluten-informa-sociedade-brasileira-de-alimentacao-e-nutricao/#respond Thu, 16 Jun 2016 12:01:58 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=60 Tem coisa mais gostosa que uma fatia de pão de grãos caseiro com queijinho e geléia?
Tem coisa mais gostosa que uma fatia de pão de grãos caseiro com queijinho e geléia? (Foto Angélica Banhara)

Quem nunca ouviu a história de que fulano emagreceu ou perdeu a barriga depois de cortar o glúten da dieta? Nas redes sociais, fazem sucesso cardápios, produtos e receitas glúten-free, apresentados como sinônimos de saúde. Mas, descontando o caso dos celíacos (que têm alergia ao glúten e representam cerca de 1% da população mundial), vale mesmo a pena tirar o pãozinho francês do cardápio? Só para esclarecer: o glúten é a proteína presente nos grãos de trigo, cevada e centeio.
O assunto é polêmico mesmo entre os nutricionistas. Por isso a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (Sban) divulgou, no final de maio, um posicionamento oficial sobre o assunto. Uma equipe de especialistas, liderada pela nutricionista e presidente da entidade Olga Amancio, fez uma análise crítica da literatura médica em relação à indicação de dietas sem glúten e formulou algumas conclusões. Seguem, abaixo, os cinco principais pontos da declaração oficial da entidade.

1 – Não há evidências suficientes para assumir que pessoas saudáveis se beneficiem de uma dieta sem glúten.

2 – Estudos recentes sugerem que a sensibilidade ao glúten (que atinge cerca de 6% da população) pode ser confundida com a sensibilidade à baixa fermentação e má absorção de alguns carboidratos conhecidos como Fodmaps, sigla, em inglês, para oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis. Esses carboidratos de difícil digestão estão presentes no trigo, na cevada, no centeio e também em frutas e legumes como brócolis, maçã, beterraba e abacate. Como eles não são absorvidos com facilidade no intestino delgado, podem formar gases que causam estufamento e flatulência.

3 – Dados epidemiológicos sustentam que pessoas com doença celíaca e excesso de peso não apresentam perda de peso sob uma dieta sem glúten.

4 – Dados experimentais recentes mostraram possíveis efeitos nocivos da dieta sem glúten ao intestino de pessoas saudáveis. Isso foi atribuído principalmente ao aumento do consumo de produtos glúten-free ultraprocessados e nutricionalmente pobres, ou seja, à diminuição do consumo de cereais integrais e fibras importantes para a saúde do intestino. “Os cereais integrais têm efeito prebiótico: alimentam as bactérias do bem do intestino, contribuindo para a redução no risco de câncer de intestino, doenças inflamatórias e doenças cardiovasculares devido à presença de fibras”, afirma a nutricionista Cynthia Antonaccio. “Daí a importância de fazerem parte da dieta de quem não é celíaco nem tem sensibilidade ao glúten”, completa a especialista.

5 – Dietas sem glúten podem ser saudáveis para a população em geral, desde que a retirada dos alimentos com glúten seja compensada pela ingestão de outros grãos integrais e de hortaliças.

Você pode conferir o documento da Sban na íntegra em http://www.sban.org.br/publicacoes/posicionamentos/132/dieta-livre-de-gluten-bom-para-todos

Minha irmã é celíaca, eu não sou, logo, nunca me preocupei em tirar o glúten do cardápio. Não como pão nem macarrão todo dia e, quando como, dou preferência aos integrais. Mas, se dá vontade, como meu pão francês ou minha fatia de bolo de cenoura sem culpa. Acho que o segredo é não exagerar…

Será que o bolo da vovó agora vai te fazer mal? Ou é o tanto que você comeu do bolo que acabou tomando o lugar da maçã, da banana ou de outros alimentos que também são importantes?
Será que o bolo da vovó agora vai te fazer mal? Ou é o tanto que você comeu do bolo que acabou tomando o lugar da maçã, da banana ou de outros alimentos que também são importantes? (Foto Angélica Banhara)
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Crossfit, HIIT e circuito funcional “bombam” em congresso de fitness http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/06/07/crossfit-hiit-e-circuito-funcional-bombam-em-congresso-de-fitness/ http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/2016/06/07/crossfit-hiit-e-circuito-funcional-bombam-em-congresso-de-fitness/#respond Tue, 07 Jun 2016 12:51:34 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16126164.jpeg http://angelicabanhara.blogfolha.uol.com.br/?p=37 Espaço de workout do congresso Fitness Brasil Internacional
Espaço de workout do congresso Fitness Brasil Internacional

As modalidades de exercícios feitos em alta intensidade são a bola da vez, e não apenas entre malhadores de plantão. Se os treinos de Crossfit, HIIT e funcional estão lotando as salas de aulas das academias, os estúdios e os parques, não é de surpreender que apareçam entre os cursos mais disputados do 26 Fitness Brasil Internacional, o maior congresso do mundo para profissionais de educação física e maior feira de fitness e bem-estar do Brasil, realizado entre 26 a 28 de maio, em Santos.
Durante três dias, cerca de 3500 professores do Brasil inteiro participaram de 81 cursos nas áreas de fitness, ginástica, musculação, treinamento funcional, personal training, fisioterapia, atividades aquáticas, negócios, recreação, esportes e nutrição. Foram 460 horas de conteúdo teórico e prático com 90 palestrantes e especialistas. Cansa só de pensar! Participo desse congresso há quase 20 anos e, desta vez, resolvi ficar os três dias. Foi intenso: só parei mesmo para almoçar… no mais, corria de um workshop a outro, seguindo um verdadeiro quebra-cabeças montado dias antes com as atividades que me despertavam mais curiosidade.

Workshop de treinamento funcional
Workshop de treinamento funcional

Voltando aos treinos intensos: o Crossfit usa movimentos simples para trabalhar a resistência e aumentar a força. A ideia é fazer o maior número de repetições em alta intensidade. Nenhuma aula é igual à outra: cada sessão é dividida em aquecimento, técnica (para aprender a execução correta dos movimentos) e WOD (“workout of the day”, ou treino do dia).

O princípio do HIIT (“high intensity interval training” ou treino intervalado de alta intensidade) é realizar esforços intensos e de curta duração intercalados com períodos de recuperação em treinos curtos (que variam de 4 a 30 minutos). Quanto mais forte for o estímulo, maior deve ser o descanso para que o corpo possa receber o estímulo seguinte. A proposta aqui é melhorar o condicionamento cardiovascular e acelerar o gasto calórico.

Já o treinamento funcional foi desenvolvido para melhorar as funções do nosso corpo, como equilíbrio, flexibilidade, potência, coordenação motora, agilidade e força. A principal diferença em relação à musculação tradicional é trabalhar os músculos de forma integrada, e não isolada, já que é assim que eles são exigidos na vida real. No treino funcional são utilizados movimentos do dia a dia como empurrar, puxar, agachar, girar e lançar.

Aula aberta de WorCAUt, treino funcional com Cau Saad
Aula aberta de WorCAUt, treino funcional com Cau Saad

 A professora e personal trainer Cau Saad, uma das pioneiras no treinamento funcional fora da academia, aposta na variação dos movimentos e nos espaços inusitados para motivar os alunos. “Faz anos que dou o Circuito Cau Saad (treino funcional com acessórios) no heliponto do Hotel Tivoli. Também levei o treino para hotel fazenda, para a praia… Até em boate já fiz”, conta Cau. Ela também desenvolveu uma versão sem acessórios, usando apenas o peso do corpo, o WorCAUt (as aulas acontecem na Marquise do Parque Ibirapuera). A aula aberta de WorCAUt fez sucesso no congresso!

Segundo Fabio Saba, diretor de conteúdo da Fitness Brasil, outros workshops bastante procurados foram os de musculação, treinamento de força e bike indoor (nunca subestime os clássicos).

Workshop de bike indoor
Workshop de bike indoor

Agora, vamos às tendências: aulas combinadas (modalidades como o Ballet Fitness, a Superioga e o Piloxing) e um revival das aulas coreografadas (Dance Clip, Glam-Dance e Clipe Dance são exemplos).

Aula demonstrativa de Ballet Fitness e Jazz Fitness com o grupo de professores de Betina Dantas
Aula demonstrativa de Ballet Fitness e Jazz Fitness com o grupo de professores de Betina Dantas

O Ballet Fitness, método criado pela bailarina e professora de educação física Betina Dantas, une dança com workout. A partir dos exercícios do balé, Betina montou sequências puxadas de movimentos com várias repetições e ritmo intenso de ginástica, para trabalhar o corpo todo na barra e no solo. Ela desenvolveu também o Jazz Fitness Oficial, com exercícios derivados das aulas de jazz.

A Superioga, método do professor Paulo Junqueira, é uma aula de ioga dinâmica, que mescla asanas (posturas) tradicionais e variações em um ritmo power, para elevar a freqüência cardíaca enquanto trabalha o tônus muscular, o alongamento e o equilíbrio.

Paulo Junqueira dá aula aberta de Superioga no evento
Paulo Junqueira dá aula aberta de Superioga no evento

Já o Piloxing, criado pela sueca Viveca Jensen, mescla movimentos do boxe (jabs, diretos e chutes), o trabalho de “core” do pilates (em exercícios de equilíbrio, feitos em pé) e dança, numa aula animada para torrar calorias. Além do Piloxing, outras aulas que incorporam movimentos de luta têm uma legião de adeptos.

Professores no worshop de Piloxing, que une pilates, boxe e dança
Professores no worshop de Piloxing, que une pilates, boxe e dança

Nas academias brasileiras, as aulas de “ritmos” sempre reuniram um público cativo. Nos últimos anos, a Zumba (a maior marca de programas de dança do mundo, presente em 180 países), um blend de ritmos latinos com passos fáceis de acompanhar, ganhou espaço e passou a encher as salas de norte a sul – idem na Fitness Brasil, com workshop e aulas abertas lotadas. Outro destaque entre as propostas coreografadas foi o worshop de Glam Dance, com o professor argentino Guillermo Gonzalez Vega: todo mundo se jogou em sequências com trilha sonora Disco. Só vale se for divertido!

Guillermo Gonzalez Vegas ensina o Glam Dance para professores
Guillermo Gonzalez Vegas ensina o Glam Dance para professores

E você? Já encontrou um exercício para chamar de seu?

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