Enquanto a economia está devagar em vários setores, no universo fitness as coisas não param de acontecer. Nesse momento em que ser saudável é a nova onda, cada vez mais gente quer fazer parte desse time de pessoas que se cuida, pratica atividade física e presta mais atenção no que coloca no prato.
Nos parques de São Paulo, os corredores disputam espaço com cada vez mais ciclistas e, mais recentemente, com os treinos em grupo. Todos os finais de semana há aulas especiais de treinamento funcional, ioga e outras modalidades. A professora de educação física Cau Saad, uma das pioneiras nos circuitos de treinamento funcional outdoor em São Paulo, conta que decidiu apostar nesse formato depois de morar nos EUA e ver como as pessoas aproveitam o espaço urbano para se exercitar.
Circulando por São Paulo, todos os meses descubro novos espaços: boxes de Crossfit, academias de lutas e artes marciais, estúdios de ioga e pilates… Sem falar no fenômeno dos estúdios de bike indolor – que começou cerca de 2 anos atrás com a Velocity e agora conta com outros players. A proposta vai além de uma aula de spinning. “Usamos a bike para movimentar o corpo todo: além do cárdio, trabalhamos estabilização, core, braços (com carga)… A ideia é sentir a música, estar presente de corpo e alma na aula. A sensação boa é o combustível para ir mais longe… você vai ajustar a carga porque está gostoso. Não é só bom depois. É para ser bom durante”, conta a Ana Paula Simões, formada em educação física e professora do método Velocity.
Nas grandes redes de academias, os circuitos de treinamento funcional e as aulas de HITT (High Intensity Interval Training) estão entre as novidades mais concorridas. Outro sucesso são as versões fitness de modalidades que antes tinham pouco espaço na academia, como a ioga e o balé. A Superioga, modalidade de ioga dinâmica e vigorosa criada pelo mestre em ioga e professor de educação física Paulo Junqueira, vem lotando as salas de aulas com homens e mulheres que aderiram à prática depois de suar em bicas e perceber que em 60 minutos dá para trabalhar força, equilíbrio, tônus muscular e alongamento. Idem para o Ballet Fitness, método criado pela bailarina e professora de educação física Betina Dantas: as posturas do balé evoluem para um workout intenso com trilha sonora dançante, uma proposta democrática para as mulheres que sempre quiseram ser bailarinas ou já foram e estão com saudades das sapatilhas.
As redes sociais e a rapidez da comunicação digital contribuem para disseminar essas novas práticas, geram curiosidade e desejo não apenas em alunos potenciais, mas em professores e entre os profissionais as academias. O bacana disso tudo é mostrar que atividade física não é sinônimo de academia e academia não é sinônimo de musculação. Não faltam opções de atividades e de lugares: tem para todos os gostos. Se você ainda não encontrou a sua atividade do coração não desista: ela existe. Que tal experimentar várias até descobrir a que combina com você?