Adotar um estilo de vida saudável, para mim, é um combo que vai além de fazer atividade física e ter uma alimentação balanceada. Quando o assunto é saúde, sempre apostei na prevenção: só tomo remédio quando não tem outro jeito. Nunca usei pílula anticoncepcional porque não queria tomar hormônio: adotei o diafragma durante anos e, e depois, passei para o DIU – de cobre. Na beleza, também procuro escolher os produtos com uma pegada mais suave, de preferência que unam ativos naturais e alta tecnologia.
E a cabeleira vermelha? Sou naturalmente ruiva e, como tenho poucos fios bancos, costumo apenas aplicar uma hena orgânica neutra a cada dois meses. O pó da planta não tinge, mas dá um tom acobreado aos fios. Só pra lembrar: não existe hena “loira”, hena “castanha”: a hena natural tem um único tom.
Daí a minha curiosidade quando fiquei sabendo da primeira coloração 100% vegetal do Brasil, recém-lançada pelo Laces and Hair, em São Paulo. O Laces é um spa do cabelo: esse tipo de serviço, que faz sucesso há alguns anos, propõe tratar a saúde dos fios e do couro cabeludo com produtos de base natural. O cabelo brilhante e bonito vem como consequência desses cuidados.
Tradição e tecnologia
A Coloração Vegetal é o resultado de cinco anos de pesquisas da cosmetóloga Cris Dios, fundadora do Laces, em parceria com laboratórios franceses. “Faz muito tempo que estudo a ação das ervas e plantas no cabelo. Para desenvolver uma coloração natural, nosso desafio era reduzir o tamanho das moléculas dos pigmentos extraídos das plantas para que a cor pudesse penetrar na fibra capilar. E a tecnologia francesa foi fundamental nesse processo”, conta Cris. A partir de um blend de dez plantas e ervas indianas, eles chegaram a dez tons de coloração, de loiro a preto, passando por avermelhados e castanhos. A maior vantagem da Coloração Vegetal by Laces é que, além de tonalizar, o produto nutre o cabelo, funcionando como um tratamento para regenerar os fios. Além disso, pode ser usado por pessoas alérgicas ou com restrição a produtos químicos, como gestantes e lactantes. A aplicação custa a partir de 390 reais.
O teste
O primeiro passo quando cheguei ao salão foi passar por uma avaliação dos fios e do couro cabeludo. Não queria alterar muito a cor do cabelo: minha ideia era cobrir os brancos e uniformizar o tom, pois as pontas estava um pouco mais claras. Antes de receber o produto, meu cabelo foi lavado com xampu diluído em água.
A Coloração Vegetal é preparada na hora: o produto em pó é diluído em água quente e misturado até virar uma pasta. A aplicação dura cerca de 30 minutos, mais 45 minutos com touca térmica. Depois, o produto é retirado apenas com água morna, sem xampu. Para finalizar, um pouco de condicionador.
Quando sequei os fios, o que mais me chamou a atenção foi o brilho do cabelo. Ele estava mais avermelhado, muito macio e brilhante, com cara de saúde. E nem sinal dos branquinhos.
Fui avisada para não lavar a cabeça por 48 horas pois, na Coloração Vegetal, o oxigênio vai ajudar a “revelar” naturalmente a cor durante esse período. Ou seja: o resultado final só aparece dois dias depois. Eu já estava satisfeita com meu resultado, mas obedeci. E é verdade: à medida que o tempo foi passando, o tom avermelhado acentuou. No final, adorei o resultado. É uma ótima opção para colorir cabelos brancos e para variar o tom, mas não vai transformar a morena em loira: a proposta não é tirar a cor (descolorir), e sim depositar pigmentos no fio. 🙂